quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

SEM PALAVRAS NÃO HÁ LIBERDADE

A Amnistia Internacional quer libertar 155.000 palavras e promover a liberdade de expressão no Médio Oriente e Norte de África
Tunísia - 17 de dezembro de 2010 - Mohamed Bouazizi, 26 anos, ateou fogo a si próprio e dá origem a uma onda de protestos que alastrou a vários países do Médio Oriente e Norte de África.
Síria – Mais de 1.400 pessoas mortas pelas autoridades desde o início das revoltas. As forças de segurança atacam e prendem civis indefesos, incluindo crianças.
Egito – Cerca de 8.000 pessoas foram presas durante o último ano por se manifestarem pelo direito à liberdade. 17 mulheres foram obrigadas a fazer “testes de virgindade”.
Bahrein – Mais de 500 pessoas foram presas até ao momento. Os profissionais de saúde são impedidos de auxiliar os manifestantes e os que ajudam são presos e torturados.
Mais de um ano após o início dos protestos em países do Médio Oriente e Norte África – como a Arábia Saudita, Bahrein, Egito, Iémen, Irão, Líbia e Síria – os graves abusos dos direitos humanos continuam. A liberdade de expressão não é respeitada e os manifestantes são censurados pelos seus governos, que bloqueiam o uso da internet nestes países. Desta forma, o mundo desconhece o que se passa e não pode ser solidário com os protestos.

No dia 11 de fevereiro assinala-se o Dia de Ação Global sobre as manifestações no Médio Oriente e Norte de África. Neste dia, tal como aconteceu há mais de um ano, queremos dar voz a estes manifestantes e amplificar a sua mensagem através das redes sociais.

Neste contexto, a Amnistia Internacional Portugal criou o projeto Freedom Dictionary, que irá libertar palavras que estão presas pela censura. O projecto consiste na criação de um dicionário, composto por 155.000 palavras que serão libertadas pelas pessoas através da internet. Para participar no projeto, basta entrar no site www.freedomdictionary.org, escolher uma palavra para libertar e partilhar nas redes sociais. Cada pessoa poderá libertar apenas uma palavra e esta ficará associada ao seu nome, dando os merecidos créditos ao “redentor”.

No dia 3 de maio, o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, o projecto chega ao fim. Serão impressas 11 cópias do dicionário e enviadas para 11 países onde as revoluções ainda estão a decorrer (Arábia Saudita, Argélia, Bahrein, Egito, Iémen, Irão, Iraque, Líbia, Marrocos, Síria e Tunísia). No dicionário impresso, as pessoas poderão também saber quem libertou cada palavra. As palavras que não forem libertadas, não constarão no dicionário final e no seu lugar ficará um espaço em branco.
O conceito criativo é da agência de publicidade TORKE e foi desenvolvido e implementado em parceria com a WIZ Interactive. O projecto conta o apoio do Público, TSF, Antena 1 e Antena 3.
alt

Sem comentários:

Enviar um comentário