domingo, 22 de maio de 2011

30 anos da Secção Portuguesa da Amnistia Internacional

Tendo estado Portugal na origem da Amnistia Internacional (AI) através da notícia lida por Peter Benenson em Londres e que relatava ocaso dos estudantes presos por gritarem vivas à liberdade, só vinte anos mais tarde foi criada a Secção Portuguesa. Sendo fundada em 18 de Maio de 1981 por 50 activistas, chegava ao final do ano com 270 membros.
Hoje são milhares os membros da AI – Portugal que celebraram 30 anos de activismo em defesa dos Direitos Humanos, 30 anos em que denunciando violações e agindo de modo preciso, rápido e persistente tentam contribuir para um mundo onde todos os seres humanos desfrutem de todos os direitos consagrados na Declaração Universal dos Direitos Humanos. A AI rege-se pelos princípios da solidariedade, da universalidade e indivisibilidade dos Direitos Humanos, da defesa nos casos de vítimas individuais e pelos valores da democracia e do respeito mútuo. Promove campanhas, apela aos governos que observem o primado da lei, tenta mobilizar a opinião pública e encoraja organizações e indivíduos de modo a que, através da sua acção, contribuam para o fim de todos os abusos que atentam contra a dignidade das pessoas.
O trabalho da AI é reconhecido: Prémio Nobel da paz em 1977 e Prémio de Direitos Humanos das Nações Unidas em 1978. Também o trabalho da AI – Portugal é objecto de enaltecimento: Prémio de Direitos Humanos da Assembleia da República em 2006 e atribuição do nome Amnistia Internacional a um espaço público decidido pela Câmara Municipal de Lisboa no passado dia 18. O que, juntamente com a consciência de que o caminho trilhado tem sentido, dá força a todos para continuar!
O Núcleo de Estremoz da AI também assinalou o aniversário. Em parceria com a Câmara Municipal de Estremoz foi realizado durante o mês de Maio um ciclo de cinema em que se exibiram documentários alusivos a problemáticas sociais relacionadas com os Direitos Humanos. No dia 18, na Casa de Estremoz depois de visto e debatido o documentário “Lisboa Domiciliária” brindou-se à liberdade. Foi uma forma simples de lembrar simbolicamente a origem da AI.
Por todos os prisioneiros de consciência, por todas as pessoas torturadas e maltratadas, pelas vítimas sem rosto, a chama da vela continua a arder porque como disse Peter Benenson “vale mais acender uma vela do que amaldiçoar a escuridão”.
  


 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Fotos

 
Ruas da Amargura
   
Ilha da Cova da Moura


Lisboa Domiciliária


18 de Maio – 21h00 - Casa de Estremoz [Marta Pessoa • Portugal • 2009 • 95’]


Lisboa. As casas que olhamos ao passar na rua pare­cem vazias, mas não estão. Povoados por idosos que vão perdendo o contacto com a rua, estes interiores formam um lado avesso da cidade. Lisboa deixa de ser um mapa feito de edifícios e arruamentos para passar a ser uma cidade cartografada com base em dificuldades, hábitos e memórias. LISBOA DOMICI­LIÁRIA é o retrato interior de uma cidade, feito a sete vozes, onde as fachadas dão lugar aos rostos e as distâncias se medem em passos. Onde a vida insiste na sua riqueza e reclama um lugar para lá de estatís­ticas e vontades pias. Olha-se o futuro e ele devolve o tempo que irá passar.


 

domingo, 8 de maio de 2011

Ilha da Cova da Moura

11 de Maio – 21h00 - Casa de Estremoz [Rui Simões • Portugal • 2010 • 90’]


Na área da Grande Lisboa, o nome de Cova da Moura nunca foi sinónimo de bem-estar, educação ou prosperidade. Pelo contrário, esteve sempre associado à ideia de violência, insegurança, perigo, ou, na melhor das hipóteses, de falta de instrução ou simplesmente pobreza. ILHA DA COVA DA MOURA segue o quotidiano deste bairro, descobrindo nele reflexos de Cabo Verde e procurando os modos como a exclusão social se combate ou perpétua nas vidas dos seus moradores.

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Ruas da Amargura

4 de Maio – 21h00 - Casa de Estremoz [Rui Simões • Portugal • 2008 • 108’]

As Ruas da Amargura são povoadas por homens e mulheres, de todas as idades, com carências afectivas, financeiras, problemas mentais, alcoolismo, toxicodependência, ou simplesmente pessoas que chegaram a Portugal à procura de uma vida um pouco melhor. Do outro lado das Ruas há um formigueiro de voluntários, assistentes sociais e técnicos diversos que constroem e mantêm estruturas de apoio, uns pensando em dias melhores, outros institucionalizando a ajuda sem acreditar que o fenómeno possa ter cura. Um documentário dirigido por Rui Simões que está inserido na campanha de divulgação do Ano Europeu de Combate à Pobreza e Exclusão Social 2010.

I.ª Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos


O Núcleo de Estremoz da Amnistia Internacional Portugal em parceria com a Câmara Municipal de Estremoz promove, entre os dias 4 e 25 de Maio de 2011, a I Mostra de Documentários sobre Direitos Humanos, com o objectivo de sensibilizar a comunidade para a necessidade de promoção e defesa dos Direitos Humanos. Durante o mês de Maio serão exibidos documentários, sobre temas distintos, realizados em Portugal, com o intuito de fornecer uma perspectiva alargadas sobre alguns dos desafios que se colocam aos Direitos Humanos na actualidade.

"Ruas da Amargura", "A ilha da Cova da Moura" e "Lisboa Domiciliária" são alguns exemplos dos filmes que poderá ver de 4 a 25 de Maio. Conheça o programa e saiba mais sobre os filmes em exibição.


Sessão de Formação Interna

No passado dia 27 de Abril, realizou-se mais uma sessão de formação interna sobre o trabalho da Amnistia desde a sua fundação, destinada a novos membros do Núcleo.
A sessão decorreu de forma agradável, tendo sido orientada pela Coordenadora do Núcleo, Maria do Céu Pires.