“Dia trágico para a justiça” no Bahrein a condenação a três anos de prisão de um ativista
Nabeel Rajab, presidente do Centro de Direitos Humanos do Bahrein, foi hoje sentenciado a três anos de prisão após ser considerado culpado de participar numa “reunião ilegal”, entre outras acusações relacionadas com um protesto na capital Manama a 6 de fevereiro de 2012.
Hassiba Hadj Sahraoui, Vice-diretora da Amnistia Internacional para o Médio Oriente e Norte de África, afirma:
“A decisão do tribunal representa um dia trágico para a justiça no Bahrein, levantando mais questões acerca da independência do poder judicial”.
“Como tantos outros no Bahrein, Nabeel Rajab é um prisioneiro de consciência, preso somente por exercer pacificamente o seu direito à liberdade de expressão e reunião. Deve ser libertado imediatamente e ter as suas condenações e sentenças anuladas. As autoridades devem também agir no sentido de assegurar que todos os defensores dos Direitos Humanos podem fazer o seu trabalho sem medo de represálias”.
“Na verdade, este último veredicto marca o fim da fachada de reforma no Bahrein. A comunidade Internacional não pode mais ficar na ilusão que o Bahrein se encontra no caminho para a reforma quando confrontada com tão flagrantes e cruéis táticas de reprimir vozes dissidentes. Os parceiros internacionais do Bahrein têm de tornar isto claro às autoridades baremitas”.
in: http://www.facebook.com/pages/N%C3%BAcleo-de-Estremoz-da-Amnistia-Internacional/233177366740979?ref=hl#!/aiportugal
Sumaya, a mulher de Nabeel Rajab, que se encontrava junto dele na leitura do veredito, afirmou à Amnistia Internacional:
“A sentença, embora dura e injusta, não é uma surpresa para mim e nem para o Nabeel. Mostra o quão tendencioso e corrupto o sistema judicial baremita é. Não há Direitos Humanos no Bahrein. Como dito pela equipa de defesa, esta sentença é o maior escândalo na história do sistema judicial do Bahrein”.
Nabeel Rajab foi um dos organizadores dos protestos anti governo que começaram em fevereiro de 2011. Rajab foi detido a 6 de Junho, no seguimento de queixas sobre uma mensagem que ele publicou na rede social Twitter, o que o levou a ser acusado de difamação. Após comparecer em tribunal a 9 de julho, esteve preso durante três meses.
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